Cirurgias Percutâneas: características, indicação e vantagens do procedimento
As cirurgias percutâneas são procedimentos não invasivos e muito menos dolorosos e complexos em comparação às cirurgias tradicionais. São caracterizadas por incisões menores na pele, utilizando técnicas de imagem, como radiografia ou ultrassonografia, para guiar instrumentos médicos até o local de tratamento.
Entretanto, apesar de todas as vantagens, por suas características próprias, o uso da Cirurgia Percutâneas será sempre indicada de acordo com cada caso específico e habilitação técnica do médico especialista.
Esse tipo de procedimento é comumente marcado por diversos pontos de destaque:
- Minimamente invasivo: causa um trauma menor aos tecidos da região onde o procedimento é realizado, resultando em diminuição da dor durante o procedimento e no pós-operatório, recuperação acelerada e menor risco de infecções.
- Indicações específicas: o procedimento é frequentemente indicado para lesões ortopédicas, abcessos, cálculos renais, tumores e algumas doenças cardíacas.
- Técnicas próprias: as cirurgias percutâneas possuem várias modalidades de acesso, que podem ser realizadas por meio de inserção de agulhas, cateteres, fios-guia ou outros dispositivos mais específicos. Cada caso é único, nesse sentido, a melhor abordagem será indicada por um médico especialista.
- Imagem guiada: na grande maioria dos casos, esse tipo de cirurgia requer o suporte de imagens em tempo real, que orientarão o médico responsável para realização do procedimento.
- Equipe médica qualificada: esse tipo de cirurgia exige profissionais com especialização nesse segmento e que estejam totalmente habilitados para isso.
- Limitações: nem todos os casos podem ser tratados com cirurgias percutâneas. Em algumas situações, as cirurgias abertas tradicionais ainda são as mais indicadas.
Cirurgia Percutânea nos Pés: condições e especificidades.
A medicina avançou consideravelmente nas últimas décadas, incluindo os procedimentos cirúrgicos, que anteriormente eram predominantemente invasivos e somente poderiam ser realizados de forma aberta.
A cirurgia percutânea é um dos exemplos desses avanços, pois se caracteriza por ser menos dolorosa em comparação aos métodos tradicionais, menos invasiva e mais precisa. Os médicos geralmente são orientados por uma câmera e utilizam materiais como cateteres ou fios-guia.
Trata-se de um procedimento executado por meio de pequenas incisões ou punções leves na pele, com direcionamento preciso para ser assertivo e bem preciso na relação com o local onde é necessário a intervenção.
Quanto ao trauma ao tecido ou região de tratamento, as câmeras que auxiliam a cirurgia percutânea orientam de maneira precisa os cateteres e fios-guia até a área-alvo, resultando em trauma mínimo para a pele e o local, recuperação mais rápida e processo de cicatrização mais ágil e eficiente.
Outros pontos importantes na cirurgia percutânea na região dos pés são a recuperação rápida e a preservação da anatomia local. Como mencionado acima, a baixa probabilidade de trauma e a preservação do tecido permitem uma recuperação ágil do local onde a cirurgia foi realizada. Da mesma forma, isso implica na preservação da anatomia local, já que a cirurgia é pouco invasiva.
A recuperação pós-operatória também é considerada mais rápida quando comparada aos métodos tradicionais de operação, no entanto, isso não significa que o paciente possa ser mais flexível com o repouso e voltar às atividades sem a devida análise e liberação.
O ideal é seguir rigorosamente as orientações do médico especialista, que acompanhou todo o processo de tratamento até a cirurgia e possui a experiência necessária para avaliar cada caso. Nessas situações, não adianta ter pressa, pois o repouso é parte inerente ao sucesso da cirurgia.
Casos Clínicos: quando a cirurgia percutânea nos pés é indicada?
A cirurgia percutânea nos pés pode ser indicada em várias situações. O médico especialista que acompanha o paciente deve determinar o procedimento mais adequado. No entanto, alguns casos são comuns quando se considera esse tipo de procedimento. Esses casos incluem:
- Joanetes: a cirurgia percutânea pode ser a melhor escolha para o tratamento desse tipo de deformidade.
- Esporões ósseos: esse tipo de deformidade pode causar dor intensa, e a cirurgia percutânea pode ser uma opção de tratamento.
- Fascite plantar: um tipo de inflamação localizada no calcanhar que causa dor intensa e que, avaliado caso a caso, pode usar a cirurgia percutânea como procedimento eficaz.
- Deformidades nos dedos dos pés: deformidades variadas causadas por diversos fatores, podem ser resolvidos com cirurgias percutâneas.
- Neuromas: crescimentos anormais de nervos dos pés que causam dor também estão na lista dos possíveis procedimentos com a cirurgia percutânea.
Outro fator que deve ser avaliado com cuidado é o perfil de cada paciente. Nem todos são indicados para esse tipo de procedimento. Quem deve avaliar essa situação é o médico especialista, que realizará uma avaliação minuciosa do caso e estudará a complexidade da cirurgia em relação à circunstância do paciente.
Como mencionado anteriormente, o cirurgião que realizará o procedimento precisa ser especializado nesse segmento cirúrgico, com uma formação técnica específica. É sempre importante conversar abertamente com o seu médico ortopedista para esclarecer todas as dúvidas e possíveis preocupações em relação a qualquer tipo de intervenção cirúrgica.
Essa mesma conversa deve considerar os resultados da cirurgia e as expectativas em relação à recuperação. Discutir esses pontos com o médico ajuda a entender todos os potenciais trâmites de qualquer procedimento.
Nem todos os casos podem ser tratados e resolvidos com cirurgias percutâneas. Nesse sentido, avaliar e estudar em conjunto com o médico ortopedista todas as opções é muito importante, pois a confiança no tratamento também influencia os resultados futuros.
Dependendo da condição médica, a cirurgia percutânea não será o procedimento mais adequado. A escolha será de acordo com a complexidade de cada caso, o perfil do paciente e outras características específicas. Nessa situação, a cirurgia tradicional pode ser mais apropriada. Alguns exemplos de cirurgias tradicionais incluem:
- Cirurgia aberta convencional
- Artroplastia
- Osteotomia
- Cirurgia de fixação interna
- Cirurgias de grande reconstrução
- Cirurgias de trauma
Ressaltamos que a decisão sobre a abordagem técnica mais adequada é baseada em uma avaliação cuidadosa e atenciosa, realizada pelo médico especialista responsável pelo caso.
O paciente deve participar ativamente do processo de decisão, esclarecendo todas as suas dúvidas, mas sempre levando em consideração o repertório e a expertise do médico especialista.
Fisiologia dos Pés: compreendendo uma estrutura complexa e fundamental para o equilíbrio do corpo humano.
Os pés são estruturas complexas e desempenham um papel crucial na sustentação, estrutura e mobilidade do corpo humano.
Possuem características próprias, e sua estrutura é composta por ossos, articulações, músculos, tendões e ligamentos que são responsáveis, entre muitas funções, por distribuir o peso corporal, proporcionar equilíbrio ao caminhar e realizar outras atividades, como absorver o impacto e cumprir outras funções básicas de sustentação corpórea.
Os pés possuem três arcos, tecnicamente chamados de Arcos Plantares: arco longitudinal medial, arco longitudinal lateral e arco transversal. Juntos, esses três arcos formados por curvaturas naturais dos ossos e ligamentos dos pés distribuem o peso do corpo humano e absorvem o impacto ao caminhar e correr.
Os músculos e os tendões também desempenham um papel importante na mobilidade, pois são os tendões que conectam os músculos aos ossos, proporcionando movimento aos pés.
Médico ortopedista e traumatologista com mais de 25 anos de experiência, Carlos Tardini é graduado, desde 1994, pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital IFOR e pós-graduado na especialidade pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP.
A escolha da medicina ocorreu sob a influência paterna, em que durante toda infância e adolescência o exemplo exercido pelo pai Dr. Osmar Tardini ortopedista renomado, foi determinante para o Dr Carlos Tardini seguir os mesmos passos do pai.
Dr. Carlos relata que teve a oportunidade de viver a experiência de ser expectador do quão gratificante era ter a oportunidade de beneficiar o próximo e o poder que a medicina tinha para exercer ajuda aos outros, e, no caso de a ortopedia ainda oferecer bem-estar e qualidade de vida. Com esse exemplo dentro de casa, veio também a tendência a seguir os passos paternos na escolha da ortopedia.
Ainda dentro deste prisma, este é o motivo pelo qual o Dr. Carlos sempre está comprometido e dá ênfase a absoluta obrigação de realizar atualizações constantes dentro da especialidade de pé e tornozelo, pois, com isso, sempre poderá levar aos seus pacientes os melhores e mais modernos conceitos e opções de tratamento que existem disponíveis no mundo.
Diante de tudo isso, Dr. Carlos Tardini considera que o mais gratificante em toda esta trajetória de vida é poder tratar seus pacientes que o procuram para buscar ajuda, com o que existe de melhor no mundo.
Sempre em atividade e para manter-se atualizado com as técnicas mais recentes e o avanço da tecnologia, Dr. Carlos Tardini participa anualmente de seminários, cursos e congressos, tanto nacionais como internacionais, desde 1996.
Dr Tardini também é membro titular da American Orthopaedic Foot & Ankle Society (AOFAS) desde 2015; da Federación Latinoamericana de Medicina y Cirugía del pie y la pierna; da AO-ASIF Alumni (Association Synthesis of Internal Fixation) e da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo desde 2000, como também membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia desde 1998.
Dr. Carlos Tardini atende em Santo André no Instituto Prata de Ortopedia.
