Você sabe qual a relação entre diabetes e enfraquecimento ósseo?
O mal que o diabetes pode causar nos ossos é uma complicação que chega de forma silenciosa, devido à lentidão do metabolismo mineral ósseo, por isso é importante acompanhamento com um especialista. Pacientes com diabetes estão sob risco maior de fraturas quando comparados a pacientes sem diabetes e com o mesmo resultado na densitometria óssea.
Os diabéticos que sugerem avaliação anual para complicações como: risco cardiovascular, neuropatia, nefropatia e oftalmopatia diabéticas, devem incluir também nesta lista complicações esqueléticas. Esse também é o raciocínio da ADA (American Diabetes Association), que mencionam fragilidade e osteoporose como complicações relacionadas ao diabetes.
Patologia:
A fonte desse enfraquecimento ósseo não é esclarecido até então, porém pesquisadores estão encontrando diferenças importantes entre os ossos de pacientes diabéticos. Tomografias computadorizadas periféricas quantitativas de alta qualidade mostram diferenças na arquitetura microscópica do osso cortical: aumento dos “poros” no compartimento cortical.
O aumento da porosidade cortical enfraquece o osso que fica mais sujeito a fraturas. Dado importante: essa alteração não é identificada em exames de raio-X e densitometria óssea.
O possível culpado na perda da qualidade óssea é um velho conhecido: produtos finais de glicosilação avançada (AGE), o mesmo responsável pela neuropatia, nefropatia e oftalmopatia diabéticas. Os AGEs alteram as propriedades da proteína do colágeno causando a redução da força dos ossos.
Tratamento:
O tratamento deve se basear nas mesmas medicações utilizadas na população geral: medicamentos anabólicos (ex: Raloxifeno) e antirreabsortivos (bisfosfonatos).
Porém o mais importante é quem tratar: nos pacientes com diabetes devemos levar em conta não só a questão da densitometria óssea. Se um paciente desenvolve doença microvascular, como neuropatia, nefropatia e oftalmopatia diabética, provavelmente está sob maior risco de doença óssea e mesmo com densitometria normal deverá ser tratado.
Esse raciocínio pode ser estendido àqueles pacientes com longo tempo de duração de diabetes e/ou com controle glicêmico ineficaz. É importante a procura de um especialista!
(Fonte: PEBMED)